24/03/2014

Carinho dos pais faz bem e ajuda no desenvolvimento das crianças

Afeto e atenção ajuda o cérebro dos pequenos a crescer mais saudável.

Do G1


Para ter uma boa saúde e evitar doenças, de maneira geral, é preciso se afastar de uma série de riscos. No entanto, existem casos em que se arriscar pode fazer bem – por isso, permitir-se mais e entregar-se em alguns momentos da vida pode ser a receita para viver com saúde.
 A  pediatra Ana Escobar e o imunopediatra Victor Nudelmann explicaram como um carinho, um sorriso ou até mesmo uma brincadeira na sujeira podem ser benéficos e melhorar a qualidade de vida.
No caso das crianças, o carinho pode fazer muito bem e até ajudar no desenvolvimento. Isso porque, quando a criança recebe um abraço, a produção dos hormônios do estresse diminui e o corpo começa a produzir os hormônios de bem-estar. Com isso, o coração desacelera, a cabeça relaxa e vem o sorriso. De acordo com a pediatra Ana Escobar, o toque e afeto dos pais estimula também as conexões cerebrais dos bebês e pode ajudar a melhorar uma série de fatores, como a atenção e o aprendizado, por exemplo.
No entanto, essa cena de carinho entre pais e filhos ainda é rara - pesquisas recentes mostram que, para os pais, o carinho e a conversa são menos importantes no desenvolvimento dos filhos do que a educação, a alimentação e os brinquedos. Só que, na verdade, o afeto pode ajudar muito e, por isso, uma dica muito importante para garantir a saúde dos filhos é brincar com eles, como mostrou a reportagem do Phelipe Siani.
Além do carinho, um abraço, um animal de estimação e até mesmo um doce podem ajudar a aumentar a sensação de prazer e bem-estar, seja de adultos ou crianças. Ou seja, em alguns momentos da vida, é importante prestar atenção em gestos simples, mas que trazem grandes benefícios para a saúde.
Os médicos falaram ainda sobre os 'riscos do bem', que podem fazer bem principalmente para a saúde de bebês. Depois que sai do útero da mãe, todo tipo de exposição interfere diretamente na imunidade da criança.
Estudos mostram, inclusive, que quanto mais “seguro” for o ambiente em que a criança cresce, mais fracas serão suas defesas – por isso, uma das dicas é expor a criança à vitamina S, a vitamina “da sujeira”. Essa vitamina é produzida pelo corpo do bebê quando ele se expõe a situações de risco, como uma brincadeira na areia, por exemplo – ao perceber a ameaça, o corpo cria anticorpos e, da próxima vez que ele entrar nessa mesma situação, estará protegido.
No entanto, é importante que o bebê seja exposto gradualmente a esses riscos. No caso das mães, porém, a preocupação com os filhos é sempre muito grande e, segundo a pediatra Ana Escobar, é bom deixar um pouco a proteção de lado e deixar a criança em contato com a "sujeira caseira". Por exemplo, quando o bebê ainda é pequeno, as mães se preocupam em lavar a mamadeira e a chupeta com água fervente para esterilizar o bico, porém, aos 3 meses, a criança já começa a desenvolver os dentinhos e a colocar tudo na boca, ou seja, a esterilização não é mais necessária – basta apenas lavar com água e sabão.